Fiquei extremamente feliz ao receber o convite desses 04 (quatro) amigos, embora não por unanimidade, porque soube que o David foi voto vencido (Jesus te perdoa, meu filho!), para “inaugurar”, como convidada, o blog criado com tanta criatividade por essas figuras queridas.
Lembro-me, como se fosse hoje, o dia em que nos conhecemos na descida da passarela que liga o metrô da estação São Cristóvão ao prédio da Petrobras, na Av. Canabarro. Lá vinha Jesus, direto de Belém, para aulas de MBA na cidade maravilhosa. E lógico, para que nada pudesse acontecer com Jesus, os apóstolos se prontificaram a ajudar, deixando indicação da saída para rua correta até com o guarda do metrô. Foi incrível como ele já sabia quem eu era, mas também, quem não sabe quem é Jesus?!
Devido as férias (merecidas) de Jesus, não pude escrever o texto inaugural, tendo tal tarefa sido cumprida de forma brilhante pela Deise. Realmente, Jesus causa impactos até quando está de férias, pois os filhos precisam refletir ainda mais sobre a vida e se virar sem mim.
Todavia, por coincidência ou não, fiquei de escrever no mês de dezembro, mês do meu aniversário (não esqueçam os presentes, hein?). Mas, o que escrever em tempos tão complicados? Em tempos de “otimizar” custos, gastos, recursos. Tenho receio que as pessoas entrem em conflito e esqueçam de otimizar a paz.
Vejo como o mundo se comportou com a morte de Saddam. Todos puderam assistir ao “espetáculo” em estado de flagrância. É impressionante como as pessoas vociferavam com a morte de alguém, como se todos alimentassem seus instintos mais primitivos, como se reavivasse a lei de Talião: olho por olho dente por dente. Utilizei Saddam apenas como exemplo, pois é comum, no dia-a-dia, as pessoas se aglomerarem nas ruas para assistir e até vibrarem com a morte alheia como se estivessem num filme.
A sociedade ainda se apresenta retrógrada, com evidentes sinais primitivos, com deleite diante da morte, o sangue escorrendo da boca, com o gosto de vitória. Não há alegria na morte, nem na de um inimigo. Só propugnam pela morte os fracos, os incapazes de lutar pela humanidade. Matar é fácil, difícil é viver em civilidade.
Em pesquisas feitas via internet se observa que grande parte da população urge pela pena de morte. Tal entendimento é fruto da ignorância, do desconhecimento de que nunca na história da humanidade a pena de morte fez diminuir os índices de criminalidade. E pior, diversas vezes já se verificou que o condenado era inocente, nos Estados Unidos vinte por cento dos condenados eram inocentes, os que, infelizmente, só ficou provado após suas execuções. É uma vergonha teratológica. Como dizia o mestre Rui Barbosa: é preferível inocentar mil culpados a condenar um inocente.
Por que a população não se alvoroça para defender a vida?
Com esta postura a humanidade se torna refém de suas próprias atitudes, vez que violência só gera violência, tal morte ao invés de consolo pode se tornar estímulo à propagação da violência. É necessário repensar a humanidade e seus valores, lembrar que o ser humano, em todas as suas dimensões, é o bem mais importante que existe.
Mesmo parecendo piegas, vale lembrar o mandamento Divino de amar o próximo como a si mesmo. Se Jesus consegue, nós também conseguimos! Pois, só assim, podemos ter esperança de que Jesus vai nascer na vida de cada um de nós na noite de Natal.
Excelente post! Não vou me alongar nos comentários, me aguardem…
Para quem não sabe: Jesus é o apelido de nossa amiga Dani, a convidada do mês de dezembro. É Jesus porque, assim como o dono mais famoso desse nome, ela nasceu em Belém. Ao menos foi o que o Jardel disse quando esteve por lá…